No dia 12 de janeiro os alunos das turmas do 9º ano de EMRC, dos 10º, 11º anos e 12ºC, estiveram presentes na atividade desenvolvida no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular e promovida por Cidadania e Desenvolvimento: “Sou livre, digo não! 2”. Esta atividade centrou-se no consumo de substâncias aditivas e contou com a presença da Associação de Resposta Terapêuticas (ART).

A ART é uma associação com mais de 20 anos e que tem como missão a intervenção terapêutica multidisciplinar em jovens com múltiplos fatores de risco, dependências e comportamentos de inadaptação social. Ela potencia a reinserção social na vida ativa positiva, em acompanhamento com a família e a rede de suporte.

No início da atividade foi dada a conhecer a ART, que assenta nos valores da Empatia, Mudança, Confiança e a Família. Foram, ainda, identificados alguns problemas a que os jovens estão expostos relacionados com as redes sociais, substâncias aditivas e com as relações de pares/ amigos. Foi reforçada a necessidade de perceber que uma má decisão pode comprometer o futuro de quem a toma e que, por isso, há momentos em que é preciso dizer “Não”.

Uma das ideias que foi transmitida, e que o Dr. Tiago Novais da ART alertou, foi que os jovens que vivem situações de risco ou algum tipo de problema, devem ter a coragem de falar com alguém e solicitar ajuda para que não estejam a sofrer e a criar situações problemáticas graves, algumas difíceis de resolver.

Por último, foram partilhados os testemunhos de 3 jovens que disseram “Sim” às pessoas e circunstâncias erradas, e que agora sofrem as consequências resultantes do consumo de substâncias aditivas.

Quando os jovens chegaram à ART depararam-se com uma realidade muito diferente daquela a que estavam habituados, com a alteração radical das rotinas diárias, como por exemplo, serem proibidos de ter um telemóvel, de fumar, passar a acordar cedo para ir para a escola e para fazer limpezas domésticas. A permanência na ART, durante 12 a 18 meses, é para estes jovens um grande desafio e uma oportunidade de corrigir os erros do passado, de melhorar as suas vidas e estabelecerem laços mais fortes com os seus familiares.

Os alunos que ouviram estes jovens, estão gratos pela sua generosidade e coragem de falar de si e da sua história, para eles “foi um mergulho nas complexidades da superação pessoal. Testemunhar a resiliência destes três rapazes despertou um profundo respeito, compaixão e esperança, perante a vulnerabilidade compartilhada, deixando claro que, mesmo nas situações mais complicadas, a transformação é possível. A palestra foi uma inspiração e fez relembrar da importância do apoio e da empatia para alcançar a recuperação”.

Em nome de todos os alunos e professores envolvidos nesta atividade, agradecemos os conhecimentos transmitidos pelo Dr. Tiago Novais e pelo testemunho dos jovens que aceitaram o grande desafio de contar as suas histórias e que foram capazes de mostrar que o consumo de substâncias aditivas pode ser destrutivo de vidas saudáveis e de sonhos.

Ana Monteiro (10ºB)

Lúcia Morgado